O que se faz com a questão indígena?
O discurso hegemônico só diz o mesmo: querer completar a tarefa de "colonização pendente", ou seja, integar as nações indígenas às relações de produção ditas modernas. Políticos, partidos, intelectuais, militares, sindicatos, pastorais e organizações não-governamentais consideram os/as indígenas como algo que faz parte de um passado e, os/as que ainda estão vivos são obstáculos para o desenvolvimento. Tais formadores de opinião são defensores ferrenhos do conceito de uma nação unitária e integrada, na qual, todas as diferenças culturais devem ser dissolvidas em uma única identidade nacional.
A "democracia", prensada como sendo plena por essa "elite esclarecida", não reconhece outro tipo de soberania, senão a da língua e da religião originárias dos colonizadores, ou de outros que também já colonizaram outras terras. Tudo o que não participa do modelo de perpetuação colonial é considerado "atraso e barbárie". Porém, uma recomposição se anuncia. Nem todas as dimensões da existência humana podem ser aniquiladas. Nada é mais forte do que a vida cotidiana. Assim, não podemos nos dar o luxo de vivermos os dramas niilistas das nações que sofrem com os excessos de civilização. A Europa, envelhecida, cada vez mais se fecha em neo-racismos e xenofobias. Os EUA, enraivecido, tentando responder contra qualquer "ameaça", tenta nos convencer - nós os híberos-americanos - de que a guerra deles é a nossa guerra. Por esses lados dos trópicos temos nossas questões fundamentais que somente se abrem, no momento em que, insurgimos à favor da construção de um mundo transnacional e multiétinico. Eis o que nos é próprio!
Não somos um gigante adormecido. Somos "liliputianos" despertos, pois não mais lutamos por futilidades. Lutamos contra as relações sociais implantas pelo "conquistador" - seja sua forma econômica, territorial ou cultural. Com esse espírito perguntamos: à quem é de direito definir os aspectos valiosos das culturas indígenas? Quem determina que pensar as nações indígenas só devem ser feito a partir de uma concepção paternalista ou instrumentalista? Porque o cultivo do medo à organização independente das nações indígenas? Cadê a discussão pública sobre elaborações de programas de recuperação de terras, do fortalecimento do auto-governo autóctone, da difusão das "leis indígenas" e da criação de escolas administradas pela nação indígena interessada? As raízes dos costumes indígenas, em toda sua pluralidade, não é uma mercadoria. Os territórios indígenas não são lugares de trabalhos antropológicos ou fontes de exploração do solo e do subsolo. Quais as razões de não considerar que as culturas autóctones sejam sujeitos de vida própria? Qualquer indígena, onde quer que ele ou ela esteja, mesmo sozinho/a, se reconhece como sujeito social autônomo partícipe de sua sociedade civil. Sua diferença se faz na falta de obseção pelo "poder". Todo indígena já realizou alguma reflexão sobre a democracia, a sociedade, outros grupos étnicos e sobre a articulação das diversidades sociais. Fruto disso é o sonho da interrupção do processo prolongado de dominação e humilhação que vêem sofrendo.
A "democracia", prensada como sendo plena por essa "elite esclarecida", não reconhece outro tipo de soberania, senão a da língua e da religião originárias dos colonizadores, ou de outros que também já colonizaram outras terras. Tudo o que não participa do modelo de perpetuação colonial é considerado "atraso e barbárie". Porém, uma recomposição se anuncia. Nem todas as dimensões da existência humana podem ser aniquiladas. Nada é mais forte do que a vida cotidiana. Assim, não podemos nos dar o luxo de vivermos os dramas niilistas das nações que sofrem com os excessos de civilização. A Europa, envelhecida, cada vez mais se fecha em neo-racismos e xenofobias. Os EUA, enraivecido, tentando responder contra qualquer "ameaça", tenta nos convencer - nós os híberos-americanos - de que a guerra deles é a nossa guerra. Por esses lados dos trópicos temos nossas questões fundamentais que somente se abrem, no momento em que, insurgimos à favor da construção de um mundo transnacional e multiétinico. Eis o que nos é próprio!
Não somos um gigante adormecido. Somos "liliputianos" despertos, pois não mais lutamos por futilidades. Lutamos contra as relações sociais implantas pelo "conquistador" - seja sua forma econômica, territorial ou cultural. Com esse espírito perguntamos: à quem é de direito definir os aspectos valiosos das culturas indígenas? Quem determina que pensar as nações indígenas só devem ser feito a partir de uma concepção paternalista ou instrumentalista? Porque o cultivo do medo à organização independente das nações indígenas? Cadê a discussão pública sobre elaborações de programas de recuperação de terras, do fortalecimento do auto-governo autóctone, da difusão das "leis indígenas" e da criação de escolas administradas pela nação indígena interessada? As raízes dos costumes indígenas, em toda sua pluralidade, não é uma mercadoria. Os territórios indígenas não são lugares de trabalhos antropológicos ou fontes de exploração do solo e do subsolo. Quais as razões de não considerar que as culturas autóctones sejam sujeitos de vida própria? Qualquer indígena, onde quer que ele ou ela esteja, mesmo sozinho/a, se reconhece como sujeito social autônomo partícipe de sua sociedade civil. Sua diferença se faz na falta de obseção pelo "poder". Todo indígena já realizou alguma reflexão sobre a democracia, a sociedade, outros grupos étnicos e sobre a articulação das diversidades sociais. Fruto disso é o sonho da interrupção do processo prolongado de dominação e humilhação que vêem sofrendo.
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