Histórias não contadas (I): Brasília e o JK cigano
"Juscelino Kubitschek teve de omitir que era, senão não seria presidente. Nunca fez nada por nós, também porque não fomos pedir”", diz Iovanovitchi.
“Nosso grande ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira (JK) era descendente de cigano? Afinal, onde está a verdade? Temos grande respeito por nossos antepassados e não entendemos porque em certas condições baixam uma cortina de silêncio e se recusam a falar sobre um tema tão relevante: nossa genealogia. No caso de JK não se consegue ir além de seus bisavôs. Por quê? Será desonra ser descendente de cigano? JK nunca se pronunciou a respeito, sua família também não. Achamos que este é o momento oportuno de deslindar esta questão.”
Assede Paiva
É sempre necessário dar uma olhada em nosso passado. Principalmente para conhecermos histórias que até então jamais nos foram contadas. E, desmistificar histórias oficiais. Militares, Empresários, Mídia Corporativa, Propagandas e Governos insistem em nos dizer que é preciso "viver o agora", que é preciso "esquecer o passado e começar a partir do zero", etc. Isso para que comecemos a acreditar incondicionalmente em suas promessas de futuro. Pois a cada ano nos dizem que "estamos evoluindo", que "o progresso é infinito e irreversível". Mas a cada vez que voltamos e reencontramos o que já passou no tempo, vemos que sua inspiração nos torna mais novos/as. A cada visita percebemos que podemos começar passos originais do mesmo modo que nossos ancestrais começaram. Ao mesmo tempo em que avaliamos os erros passados que serão os erros futuros. Sejamos genealogistas revigoradas/os. Passemos nosso passado a limpo. O direito a memória é crucial. Comecemos a contar histórias deliberadamente não contadas. Para desmistificar o espírito oficialista da comemoração dos 50 anos de Brasília, e romper o silêncio histórico, iniciemos com Juscelino Kubtschek, um estadista cigano que jamais assumiu publicamente sua ciganidade.
Leiam os textos a seguir e comecemos um diálogo:
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